Olá moçada. No boletim informativo dos Jesuítas, edição referente aos meses de julho e agosto de 2010, saiu uma pequena matéria sobre o VOLUNTARIADO JOVEM promovido pelo Anchietanum - obra da Companhia de Jesus no Brasil dedicada à formação e acompanhamento da juventude - na cidade de São Paulo. Eu tive a oportunidade de participar do Voluntariado e vivenciar essa experiência transformadora de se doar ao outro, principalmente aos excluídos e/ou aos que são invisíveis na sociedade, ou seja, ao que o Pe. Alexandre, SJ, coordenador do Anchietanum, denominou de "Invisibilidade Social". Conhecer suas lutas diárias e fazer-se um com eles nos trabalhos e na missão, fez de mim e acredito de todos os companheiros, mais sensíveis à realidade, trazendo interpelações que nos provocam existencialmente. Reflexões, debates, partilhas eram feitas neste sentido, obedecendo à espiritualidade inaciana de sentir e refletir os desejos e sentimentos vividos no dia duro de trabalho e na gratuidade da doação ao próximo. Tais reflexões eram feitas no retorno ao Anchietanum, já que passávamos o dia todo trabalhando nas Obras Sociais e Ong's. Abaixo está a matéria vinculada no Boletim e a partilha de uma amigo de Belo Horizonte que também participou do Voluntariado. Confiram... O Voluntariado Jovem Anchietanum |
Terminou no último dia 21 de julho mais uma experiência de Voluntariado Jovem no Anchietanum. Os participantes são convidados a estar a serviço daqueles que mais necessitam e, no retorno, mantém uma rotina de partilha, oração pessoal e vida comunitária. Abaixo a partilha do jovem Alex Túlio Pacheco, de Belo Horizonte: "O que tenho a dizer é que o fato de ter participado do Voluntariado Jovem fez de mim uma pessoa melhor, com mais consciência e orientação para as reais necessidades dos problemas que a nossa sociedade vive. Esse voluntariado foi uma abertura para a verdade da vida, para uma verdade que não temos muito tempo para pensar, andamos muito preocupados e atarefados com as nossas imensas e particulares necessidades, que são muitas das vezes, mesquinhas e sem importância alguma. Porque comparado com aquilo que falta aos outros, vemos com outros olhos, com outra importância, que as nossas necessidades já estão devidamente atendidas, embora na maioria das vezes esquecidas e sem lhe darmos o real valor. O que quero dizer é que ser voluntário é realmente "despertador". Desperta, abre, expande, acorda o nosso ser, e movimenta-nos em direções que julgávamos sem espaço, sem necessidade e que, depois de percorridas, alteram o nosso estado de espírito. Foi uma experiência única em minha vida, de muita descoberta, de dor e alegria ao mesmo tempo e acima de tudo de realização interior." Você também é convidado a realizar esta experiência! O próximo Voluntariado Jovem acontecerá de 8 a 20 de janeiro de 2011, no Anchietanum. Érika Augusto – Equipe do Anchietanum Confiram também o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=pXLLet_NUkQ feito pela Equipe do Anchietanum durante os nossos trabalhos no Arsenal da Esperança e no Recifran. Valeu... Até a próxima! |
Porque funciono melhor quando vivo em tensão: 'Minha fonte de criatividade vivificadora' (William A. Barry, sj)
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Voluntariado Jovem
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Contemplativo em Ação
Sou um Contemplativo em ação. Pode ser também, na ação. Mas dizer em ação dá mais sentido, soa melhor! Sei lá, dá impressão de continuidade, movimentação, dinamismo. Ou seja, não me acho contemplativo somente numa ação determinada, mas em ação: perenemente.
Enfim... filologia gramatical à parte, é assim que eu me vejo ultimamente. Nesta vida sou filho, neto, sobrinho, irmão, amigo, empregado, servo, professor, companheiro... e já fui também namorado, mas por agora, somente enamorado! Sempre sou alguém nas variadas relações sociais no qual participo. E mesmo sabendo que todos são assim, alguém para o outro e o outro de alguém, entristeço-me porque nem todos se reconhecem assim, e quando se reconhecem não dizem eu SOU, mas, eu TENHO! Tomara a Deus e aos homens de boa vontade, que o TER nunca substitua o SER. Como seria esquisito um “Ter Humano”, prefiro Ser Humano.
Sou cristão de berço, criado num lar católico. Foi bom ter sido educado na fé e melhor ainda assumir essa fé como religare do encontro com Deus. Vivo uma fé do encontro: Eu e Tu. Como cristão eu apresento as minhas idéias pessoais porque fui dotado de inteligência e vontade pelo próprio Criador. Volto todos os dias a Deus, por Cristo - o modelo de humanidade - para retornar à humanidade, essa criatura fascinante dotada de Deus e confusa demais quando ensimesmada. E assim expresso, fiel a Igreja, mas principalmente a Deus, minhas verdades de fé em uma nova época e uma nova cultura.
Subjetividade e obediência, doutrinas e experiência de vida, centro e periferia... Tensões que me vivificam e vão me tornando mais criativo! Assim vou-me percebendo parceiro do Criador, co-criador do universo, partícipe da história. Peregrino com outros tantos companheiros vou reinventando o encontro com o Sagrado, observando sem medo as moções interiores e as atitudes exteriores (contraditórias ou não). Teimo em conjugar contrários (ou aquilo que dizem que são contrários): Mística com ação; paz com inquietação; terno fino com tênis All Star; Zeca Baleiro com padre Zezinho; ColdPlay com Anselm Grün; e por aí vai... Deve ser por isso que curto essa de Fé e Razão.
E deste modo, em bom gerúndismo, vou 'vivendo continuando teimando e acreditando' que a beleza do encontro (com Deus e com o outro) nunca será sobrepujada pelas “verdades absolutistas” de uma minoria que se diz santa, obediente e irrepreensível. O Encontro se dá além, muito além do liturgismo estéril. Somos gente e fazemos encontro de almas: Eu e Tu.
Contemplativo, vou iluminando através da fé as penumbras de minhas inquietações interiores... Em Ação, vou seguindo no diálogo em favor da fraternidade.
Como diz a canção 'Procurando a Liberdade' - "Caminhando eu vou, Procurando eu vou, Na esperança eu vou, Arriscando eu vou..."
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