Sou um Contemplativo em ação. Pode ser também, na ação. Mas dizer em ação dá mais sentido, soa melhor! Sei lá, dá impressão de continuidade, movimentação, dinamismo. Ou seja, não me acho contemplativo somente numa ação determinada, mas em ação: perenemente.
Enfim... filologia gramatical à parte, é assim que eu me vejo ultimamente. Nesta vida sou filho, neto, sobrinho, irmão, amigo, empregado, servo, professor, companheiro... e já fui também namorado, mas por agora, somente enamorado! Sempre sou alguém nas variadas relações sociais no qual participo. E mesmo sabendo que todos são assim, alguém para o outro e o outro de alguém, entristeço-me porque nem todos se reconhecem assim, e quando se reconhecem não dizem eu SOU, mas, eu TENHO! Tomara a Deus e aos homens de boa vontade, que o TER nunca substitua o SER. Como seria esquisito um “Ter Humano”, prefiro Ser Humano.
Sou cristão de berço, criado num lar católico. Foi bom ter sido educado na fé e melhor ainda assumir essa fé como religare do encontro com Deus. Vivo uma fé do encontro: Eu e Tu. Como cristão eu apresento as minhas idéias pessoais porque fui dotado de inteligência e vontade pelo próprio Criador. Volto todos os dias a Deus, por Cristo - o modelo de humanidade - para retornar à humanidade, essa criatura fascinante dotada de Deus e confusa demais quando ensimesmada. E assim expresso, fiel a Igreja, mas principalmente a Deus, minhas verdades de fé em uma nova época e uma nova cultura.
Subjetividade e obediência, doutrinas e experiência de vida, centro e periferia... Tensões que me vivificam e vão me tornando mais criativo! Assim vou-me percebendo parceiro do Criador, co-criador do universo, partícipe da história. Peregrino com outros tantos companheiros vou reinventando o encontro com o Sagrado, observando sem medo as moções interiores e as atitudes exteriores (contraditórias ou não). Teimo em conjugar contrários (ou aquilo que dizem que são contrários): Mística com ação; paz com inquietação; terno fino com tênis All Star; Zeca Baleiro com padre Zezinho; ColdPlay com Anselm Grün; e por aí vai... Deve ser por isso que curto essa de Fé e Razão.
E deste modo, em bom gerúndismo, vou 'vivendo continuando teimando e acreditando' que a beleza do encontro (com Deus e com o outro) nunca será sobrepujada pelas “verdades absolutistas” de uma minoria que se diz santa, obediente e irrepreensível. O Encontro se dá além, muito além do liturgismo estéril. Somos gente e fazemos encontro de almas: Eu e Tu.
Contemplativo, vou iluminando através da fé as penumbras de minhas inquietações interiores... Em Ação, vou seguindo no diálogo em favor da fraternidade.
Como diz a canção 'Procurando a Liberdade' - "Caminhando eu vou, Procurando eu vou, Na esperança eu vou, Arriscando eu vou..."
É... foi o que acabei de dizer ao Elbert Bertoli... gosto de sobremaneira de blogs porque podemos entender um pouco mais e de maneira mais próxima da realidade quem é a pessoa que se esconde atrás dessas palavras!
ResponderExcluirAssim como que lê, vai entender um pouco mais que é o Pedrão! Valeu irmão inquieto por essa permissão de nos aproximar um pouco mais do "parceiro do Criador".
Abraço
Valeu nobre e magistrado amigo! rs. Vamos seguindo... vamos ser parceiros no Parceiro maior!
ResponderExcluirAbraços!
Pedro Júnior!
ResponderExcluirTensões que te deixam cada vez mais criativos e sem dúvida com uma inquietude mais profunda, e como vc mesmo diz, balanceando entre a fé e a razão!Faz bem vc participar da sa história, afinal é vc quem leva a vida!
Muit bom, totalmente excelente!Quero ver os próximos
Bom texto Pedro. Serve para definir toda a mistura que nos torna tão únicos. Também "sofro" desse mesmo "mal": fé - razão. E que bom ser assim! Dá equilíbrio à vida.
ResponderExcluirUm texto tanto quanto escatológico – seguindo a esta tensão existencial: Pedro do "Já e ainda não!" Parabéns "meu" Jesuíta favorito!
ResponderExcluirNooosa, uma crítica teológica como a sua eu fico até meio desarrumado! rsrs. Obrigado Nessa, 'minha' pastora favorita! rsrs. Bjão!
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